sexta-feira, 6 de junho de 2014

Simplificando Futebol na Copa - Grupo C

Colômbia
Sem Falcao García, o companheiro de Monaco, James Rodríguez assumirá o protagonismo na seleção colombiana (Getty Images)

Técnico: José Pékerman-ARG

Time-base (4-1-4-1): Ospina; Zúñiga, Yepes, Zapata, Pablo Armero; Sánchez; Cuadrado, Aguilar, Guarín, James Rodríguez; Jackson Martínez.

Craque: James Rodríguez – Monaco-FRA

Lesionados: Stefan Medina (zagueiro, Atlético Nacional-COL) – rompeu ligamentos do tornozelo direito, Luis Amaranto Perea (zagueiro, Cruz Azul-MEX) – lesão na coxa esquerda, Edwin Valencia (volante, Fluminense-BRA) – lesão muscular na coxa direita, Aldo Leão Ramírez (meia, Morelia-MEX) – lesão no joelho direito e Radamel Falcao García (atacante, Monaco-FRA) – ruptura no ligamento anterior cruzado do joelho esquerdo.

Participações no Mundial: 5 (oitavas de final em 1990)

Ranking da Fifa: 8º

Campanha nas Eliminatórias (16J-9V-3E-4D-27GP-13GC-14SG)
Bolívia 1x2 Colômbia
Colômbia 1x1 Venezuela
Colômbia 1x2 Argentina
Peru 0x1 Colômbia
Equador 1x0 Colômbia
Colômbia 4x0 Uruguai
Chile 1x3 Colômbia
Colômbia 2x0 Paraguai
Colômbia 5x0 Bolívia
Venezuela 1x0 Colômbia
Argentina 0x0 Colômbia
Colômbia 2x0 Peru
Colômbia 1x0 Equador
Uruguai 2x0 Colômbia
Colômbia 3x3 Chile
Paraguai 1x2 Colômbia

Após 16 anos fora de mundiais, a Colômbia volta e chega como cabeça de chave. Para retornar às copas, os sul-americanos se aproveitaram do ótimo trabalho realizado na base. Esta geração tem jogadores que ficaram em terceiro lugar no Mundial sub-20 2003 e outros que foram campeões Sul-americanos em 2005. Bebendo desta fonte, os Cafeteros fizeram ótima campanha nas eliminatórias, se classificando no segundo posto, dois pontos atrás da líder Argentina.

Apesar da continuidade de jogadores, no comando, as coisas mudaram bastante. O projeto Copa 2014 começou com Hernán Darío Gómez, que caiu, após a campanha mediana na Copa América 2011. O sucessor foi o auxiliar Leonel Álvarez, que ficou apenas quatro meses e foi substituído. No início de 2012, José Pekerman chegou e, nas palavras do craque Falcao García, fica clara a importância do treinador: “ele tratou de nos dar a confiança necessária para que pudéssemos jogar da forma como estamos acostumados. Hoje em dia, somos uma seleção mais madura e equilibrada”. O técnico argentino fez mudanças táticas, mas, na maior parte do tempo, utilizou o 4-1-4-1 e o 4-2-3-1. Com Pekerman, os Cafeteros seguem sendo um time com foco mais no ataque em relação à defesa, até porque, a qualidade das peças ofensivas é muito maior que as defensivas.

O principal destaque da Tricolor é Falcao García, que marcou nove vezes na eliminatória, mas não virá ao Brasil, por conta de uma séria lesão sofrida no primeiro mês de 2014. Com a ausência de El Tigre, a Colômbia tem bons substitutos para a função. O titular inicial deve ser Jackson Martínez, um centroavante completo, que bate com os dois pés e cabeceia bem também. Ele foi o artilheiro da Liga Sagres com 20 gols. Carlos Bacca, do Sevilla, é o que mais ameaça a titularidade do portista, pois fez 18 gols, em Liga Espanhola e Liga Europa. Além deles, ainda há Adrián Ramos, que balançou as redes 16 vezes, na Bundesliga. Mas a principal estrela será o habilidoso meia-atacante James Rodríguez, líder em assistências da Ligue 1. Rápido e com perna esquerda especial, o camisa dez é a esperança para criação de jogadas e também de gols. O outro ponta no esquema é Cuadrado, muito veloz o jogador se destacou pela Fiorentina na Serie A, com 11 gols e cinco assistências e é mais uma alternativa de criação no meio-campo.

O ótimo técnico José Pékerman conseguiu formar um bom time, priorizando o ataque, mas sem deixar a defesa de lado. Passar da primeira fase não deve ser um grande desafio, pois o grupo C não é dos mais difíceis. Porém, para chegar ainda mais longe na Copa, os Cafeteros precisarão que um dos substitutos de Falcao García funcione bem e que James Rodríguez e Cuadrado cedam as assistências.

Goleiros: 1- David Ospina (Nice-FRA), 22- Faryd Mondragón (Deportivo Cali-COL) e 12- Camilo Vargas (Santa Fe-COL);
Defensores: 3- Mario Yepes (Atalanta-ITA), 2- Cristian Zapata (Milan-ITA), 23- Carlos Valdés (San Lorenzo-ARG), 16- Eder Álvarez Balanta (River Plate-ARG), 4- Santiago Arias (PSV Eindhoven-HOL), 18- Camilo Zúñiga (Napoli-ITA) e 7- Pablo Armero (West Ham-ING);
Meais: 6- Carlos Sánchez (Elche-ESP), 13- Fredy Guarín (Internazionale-ITA), 8- Abel Aguilar (Toulouse-FRA), 5- Carlos Carbonero (River Plate-ARG), 20- Juan Fernando Quintero (Porto-POR), 10- James Rodríguez (Monaco-FRA), 11- Juan Cuadrado (Fiorentina-ITA) e 15- Alexander Mejía (Atlético Nacional-COL);

Atacantes: 17- Carlos Bacca (Sevilla-ESP), 19- Adrián Ramos (Hertha Berlin-ALE), 9- Teófilo Gutiérrez (River Plate-ARG), 21- Jackson Martínez (Porto-POR) e 14- Víctor Ibarbo (Cagliari-ITA).

Retrospecto contra rivais do grupo em Copas do Mundo
Grécia: nunca se enfrentaram
Costa do Marfim: nunca se enfrentaram
Japão: nunca se enfrentaram

Calendário de amistosos durante a preparação

31/maio: Colômbia 2x2 Senegal
6/junho: Colômbia 3x0 Jordânia

Costa do Marfim
Drogba e Yaya Toure são as grandes referências costa marfinenses, mas hoje, o camisa 19 é o grande pilar de sustentação dos Elefantes (AFP)

Técnico: Sabri Lamouchi-FRA

Time-base (4-2-3-1): Barry; Aurier, Kolo Toure, Bamba, Boka; Tiote, Romaric; Kalou, Yaya Toure, Gervinho; Drogba.

Craque: Yaya Toure – Manchester City-ING

Lesionados: Arouna Koné (atacante, Everton-ING) – ruptura no ligamento do joelho esquerdo.

Participações no Mundial: 3 (fase de grupos em 2006 e 2010)

Ranking da Fifa: 23º

Campanha nas Eliminatórias (8J-5V-3E-0D-19GP 7GC-12SG)

Segunda fase:
Costa do Marfim 2x0 Tanzânia
Marrocos 2x2 Costa do Marfim
Costa do Marfim 3x0 Gâmbia
Gâmbia 0x3 Costa do Marfim
Tanzânia 2x4 Costa do Marfim
Costa do Marfim 1x0 Marrocos

Terceira fase:
Costa do Marfim 3x1 Senegal
Senegal 1x1 Costa do Marfim

A melhor geração da história do futebol costa marfinense não tem nenhum título, esta é a marca que Drogba e companhia ostentam. Os vice-campeonatos da Copa de Nações Africanas, em 2006 e 2012, foram aonde o talentoso plantel chegou mais perto de uma conquista. Porém, com este grupo, a Costa do Marfim chegou à primeira participação em copas e, desde 2006, participa de todos os mundiais, apesar de nunca passar às oitavas de final. Para a Copa no Brasil, a história não foi diferente: classificação invicta e sem dificuldades.

O técnico é o ex-meia da seleção francesa, Sabri Lamouchi, que assumiu o comando da após o vice-campeonato da CAN 2012, portanto, participou de toda a caminhada nas eliminatórias. Estudioso do futebol, no final do ano de estreia à frente dos Elefantes – e na função de técnico –, o francês visitou José Mourinho, no Real Madrid. A visita deve ter influenciado na mudança tática executada na seleção: saiu o 4-3-3 e veio o 4-2-3-1, formação adotada nos últimos trabalhos pelo português. O esquema potencializa as principais qualidades do elenco costa marfinense, a velocidade pelas pontas e a força pelo centro.

O destaque individual dos Elefantes tem potencial para ser um dos melhores da Copa, afinal, Yaya Toure já está entre os dez melhores do mundo, há, pelo menos, dois anos (2012 e 2013). O costa marfinense fechou a temporada como terceiro artilheiro da Premier League, com 20 gols e ainda cedeu nove assistências, liderando o campeão Manchester City nos dois quesitos. Na seleção, o volante joga como meia (o setor original dele é bem coberto por Tiote e Romaric) e amplifica suas qualidades: a força física, os arremates de fora da área, o ótimo passe, a visão de jogo apurada e a boa qualidade nas bolas paradas. Ao lado de Yaya, estão Kalou e Gervinho, jogadores que proporcionam grande velocidade pelas pontas – o lateral-direito Aurier também chega bem à frente. Por isso, o outrora craque absoluto do país, Drogba deverá ser bem municiado e continuará sendo um perigo aos goleiros adversários.

Se pensar em título, parece inatingível para a melhor geração da história da Costa do Marfim, passar de fase, pela primeira vez na história, é completamente possível. Nas últimas copas, os Elefantes foram sorteados para grupos muito complicados, mas, para 2014, a chave C é acessível. Por isso, se não ficar marcada por títulos, a geração de Drogba e Yaya Toure poderá entrar na história do país, sendo aquela que colocou Costa do Marfim nos mundiais e, ainda, não participou apenas e conseguiu ultrapassar a fase de grupos.

Goleiros: 1- Boubacar Barry (Lokeren-BLG), 23- Sayouba Mandé (Stabaek-NOR) e 16- Sylvain Gbohouo (Sewe Sport-CIV);
Defensores: 4- Kole Toure (Liverpool-ING), 17- Serge Aurier (Toulouse-FRA), 3- Arthur Boka (Stuttgart-ALE), 5- Didier Zokora (Trabzonspor-TUR), 22- Sol Bamba (Trabzonspor-TUR), 7- Jean-Daniel Akpa-Akpro (Toulouse-FRA), 18- Constant Djakpa (Eintracht Frankfurt-ALE) e 2- Ousmane Viera (Caykur Rizespor-TUR);
Meias: 19- Yaya Toure (Manchester City-ING), 9- Cheick Tioté (Newcastle-ING), Romaric (Bastia-FRA), 20- Serey Die (Basel-SUI), 15- Max Gradel (Saint-Étienne-FRA), 14- Ismael Diomande (Saint-Étienne-FRA) e 13- Didier Ya Konan (Hannover-ALE);

Atacantes: 11- Didier Drogba (Galatasaray-TUR), 6- Mathis Booly (Fortuna Düsseldorf-ALE), 12- Wilfried Bony (Swansea-WAL), 10- Gervinho (Roma-ITA), 8- Salomon Kalou (Lille-FRA) e 21- Giovanni Sio (Basel-SUI).

Retrospecto contra rivais do grupo em Copas do Mundo
Colômbia: nunca se enfrentaram
Grécia: nunca se enfrentaram
Japão: nunca se enfrentaram

Calendário de amistosos durante a preparação

30/maio: Costa do Marfim 1x2 Bósnia
4/junho: Costa do Marfim 2x1 El Salvador

Grupo C - Japão
A conexão da dupla de criação, Honda e Kagawa será decisiva para o Japão na Copa de 2014 - (Vicenzo Pinto/AFP)

Técnico: Alberto Zaccheroni-ITA

Time-base (4-2-3-1): Kawashima; Uchida, Yoshida, Konno, Nagatomo; Endo, Hasebe; Kiyotake, Kagawa, Honda; Okazaki.

Craque: Shinji Kagawa – Manchester United-ING

Lesionados: Nenhum

Participações no Mundial: 5 (oitavas de final em 2002 e 2010)

Ranking da Fifa: 46º

Campanha nas Eliminatórias (14J-8V-3E-3D-30GP-7GC-23SG)

Terceira fase:
Japão 1x0 Coreia do Norte
Uzbequistão 1x1 Japão
Japão 8x0 Tajiquistão
Tajiquistão 0x4 Japão
Coreia do Norte 1x0 Japão
Japão 0x1 Uzbequistão

Quarta fase:
Japão 3x0 Omã
Japão 6x0 Jordânia
Austrália 1x1 Japão
Japão 1x0 Iraque
Omã 1x2 Japão
Jordânia 2x1 Japão
Japão 1x1 Austrália
Iraque 0x1 Japão

O Japão nunca teve tradição no futebol, porém, a partir de 1998, as coisas mudaram e, desde então, os Samurais Azuis vêm a todos os Mundiais. Por isso, a história mais recente dos japoneses, os coloca como os melhores asiáticos e, nas eliminatórias, provaram isso, sendo a seleção que se classificou com mais antecedência. Além disso, o Japão conquistou a última Copa Asiática, disputada em 2011.

Sob a batuta do italiano Alberto Zaccheroni (desde 2010), os nipônicos virão ao Brasil mais europeus do que nunca, são 12 jogadores atuando na Europa, entre os 23 convocados, e, a maior parte desta dúzia de atletas, será titular na Copa. Este número mostra a evolução do futebol do país. Conhecido pelo jogo mais defensivo, o técnico italiano não tem um time defensivo. Quase sempre jogando no 4-2-3-1 e com laterais que preferem atacar a defender, o esquema é bem armado e a linha defensiva não fica exposta, por isso, apesar da vocação ofensiva da escalação, o Japão conseguiu manter a melhor defesa (ao lado do Irã), entre os times que chegaram à fase final das eliminatórias asiáticas.

Mas, o que chamou a atenção mesmo foi o ataque. Os quatro jogadores ofensivos mais habituais atuam na Europa e já têm boa experiência no melhor futebol do mundo. O trio de meias formado por Kiyotake, Kagawa e Honda tem velocidade e bastante qualidade técnica e consegue confundir defesas, com diversas trocas de posição durante as partidas. E, claro, os velozes laterais Uchida e Nagatomo podem colaborar com o setor ofensivo, com boas chegadas ao fundo. Além deles, a dupla de volantes formada por Endo e Hasebe também consegue colaborar com a criação de jogadas.          À frente dos cinco meias, está Okazaki, que foi artilheiro das eliminatórias da Ásia, com oito gols. Portanto, depois de muito tempo, o Japão dá sinais que tem um centroavante confiável.

Com um time arrumado, bons jogadores atuando bem na Europa e na mão do técnico, o Japão entra com chances de chegar à segunda fase. Para isso, os jogadores mais badalados, Honda e Kagawa, mais uma vez, terão que combinar bem e não poderão falhar. Pois, o grupo C é um dos mais equilibrados do Mundial e qualquer deslize pode custar uma eliminação.

Goleiros: 1- Eiji Kawashima (Standard Liege-BEL), 12- Shusaku Nishikawa (Urawa Reds-JAP) e 23- Shuichi Gonda (Fc Tokyo-JAP);
Defensores: 2- Atsuto Uchida (Schalke 04-ALE), 5- Yuto Nagatomo (Internazionale-ITA), 21- Hiroki Sakai (Hannover-ALE), 3- Gotoku Sakai (Stuttgart-ALE), 19- Masahiko Inoha (Jubilo Iwata-JAP), 15- Yasuyuki Konno (Gamba Osaka-JAP), 6- Masato Morishige (FC Tokyo-JAP) e 22- Maya Yoshida (Southampton-ING);
Meias: 7- Yasuhito Endo (Gamba Osaka-JAP), 17- Makoto Hasebe (Nuremberg-ALE), 14- Toshihiro Aoyama (Sanfrecce Hiroshima-JAP), 16- Hotaru Yamaguchi (Cerezo Osaka-JAP), 4- Keisuke Honda (Milan-ITA), 10- Shinji Kagawa (Manchester United-ING), 8- Hiroshi Kiyotake (Nuremberg-ALE) e 20- Manabu Saito (Yokohama F Marinos-JAP);
Atacantes: 13- Yoshito Okubo (Kawasaki Frontale-JAP), 9- Shinji Okazaki (Mainz-ALE), 11- Yoichiro Kakitani (Cerezo Osaka-JAP) e 18- Yuya Osako (1860 Munich-ALE).

Retrospecto contra rivais do grupo em Copas do Mundo
Colômbia: nunca se enfrentaram
Grécia: nunca se enfrentaram
Costa do Marfim: nunca se enfrentaram

Calendário de amistosos durante a preparação

27/maio: Japão 1x0 Chipre
2/junho: Japão 3x1 Costa Rica
6/junho: Japão 4x3 Zâmbia

Grécia
O iluminado Mitroglou é a principal esperança de gols e de classificação da Grécia na Copa de 2014 (Reuters)

Técnico: Fernando Santos-POR

Time-base (4-1-4-1): Karnezis; Torosidis, Sokratis, Moras, Holebas; Maniatis; Salpingidis, Karagounis, Tachtsidis, Samaras; Mitroglou.

Craque: Kostas Mitroglou – Fulham-ING

Lesionados: Kyriakos Papadopoulos (zagueiro, Schalke 04-ALE) – ruptura no ligamento do joelho e Avraan Papadopoulos (zagueiro, Olympiakos-GRE) – ruptura no ligamento do joelho.

Participações no Mundial: 3 (primeira fase em 1994 e 2010)

Ranking da Fifa: 12º

Campanha nas Eliminatórias (12J-9V-2E-1D-16GP-6GC-10SG)

Letônia 1x2 Grécia
Grécia 2x0 Lituânia
Grécia 0x0 Bósnia
Eslováquia 0x1 Grécia
Bósnia 3x1 Grécia
Lituânia 0x1 Grécia
Liechtenstein 0x1 Grécia
Grécia 1x0 Letônia
Grécia 1x0 Eslováquia
Grécia 2x0 Liechtenstein

Repescagem europeia:
Grécia 3x1 Romênia
Romênia 1x1 Grécia

A Grécia chega ao segundo Mundial consecutivo e ainda tem muito do apresentado em 2004, quando se sagrou campeã europeia, com Otto Rehhagel. O time segue focado na defesa e foi com o bom desempenho dos marcadores que os gregos conseguiram a classificação ao Brasil. Nas eliminatórias, a Grécia foi vazada seis vezes em 12 partidas, números bons. Quando comparado ao ataque, o rendimento da defesa merece ainda mais ser exaltado, pois o setor ofensivo anotou apenas 16 gols, sendo nove deles pela dupla Mitroglou e Salpingidis.

O treinador Fernando Santos está à frente da seleção desde 2010, mas já passou por AEK, Panathinaikos e PAOK e foi eleito o técnico da década da Superliga Grega (2000-10). O comandante tentou mudar um pouco estilo defensivo dos azuis e brancos, mas a equipe parece incapaz de ser mais ofensiva, até pela falta de jogadores mais criativos e habilidosos para mudar esta mentalidade. Por isso, o 4-3-3 do português é muito mais um 4-1-4-1, focado na marcação e nos contra-ataques, mesmo que o time não seja tão veloz.

A grande esperança dos gregos é o centroavante Mitroglou, que recentemente chegou ao Fulham, após ter marcado 14 vezes na Superliga Grega 2013-14 e três na Liga dos Campeões. Na Inglaterra, o atacante ainda não marcou, mas o que mostrou nas eliminatórias e no Olympiakos o credenciam a ser a principal estrela do país. Mitroglou incomodará as defesas adversárias, ao lado de Salpingidis. O meio campo segue tendo o capitão Karagounis, que é o líder da equipe, e atua ao lado de um jovem, como Tachtsidis, que tem talento e ainda pode evoluir. Há de se destacar que Samaras, se Fernando Santos não mudar de ideia e colocar Kone em campo, será titular, fazendo o trabalho habitual por uma das pontas: marcação, disposição para ajudar atrás e, de vez em quando, chegando ao ataque.

Alcançar a segunda fase e fazer a melhor campanha em copas do mundo do país parece improvável. Colômbia, Costa do Marfim e Japão têm times com mais talento e se colocam à frente dos gregos na briga pelas vagas as oitavas de final. Porém, a solidez defensiva azul e branca, em um grupo tão equilibrado, poderá garantir pontos, que serão capazes de fazer a Grécia ultrapassar a primeira fase, um feito inédito.  

Goleiros: 1- Orestis Karnezis (Granada-ESP), 12- Panaglotis Glykos (PAOK-GRE) e 13- Stefanos Kapino (Panathinaikos-GRE);
Defensores: 5- Vangelis Moras (Hellas Verona-ITA), 4- Kostas Manolas (Olympiakos-GRE), 2- Giannis Maniatis (Olympiakos-GRE), 20- Jose Holebas (Olympiakos-GRE), 19- Sokratis Papastathopoulos (Borussia Dortmund-ALE), 3- Giorgios Tzavellas (PAOK-GRE), 11- Loukas Vyntra (Levante-ESP) e 15- Vasilis Torosidis (Roma-ITA);
Meias: 6- Alexandros Tziolis (Kayserispor-TUR), 22- Andreas Samaris (Olympiakos-GRE), 21- Kostas Katsouranis (PAOK-GRE), 10- Giorgos Karagounis (Fulham-ING), 23- Panagiotis Tachtsidis (Torino-ITA), 18- Ioannis Fetfatzidis (Genoa-ITA), 16-Lazaros Christodoulopoulos (Bologna-ITA) e 8- Panagiotis Kone (Bologna-ITA);
Atacantes: 9- Kostas Mitroglou (Fulham-ING), 14- Dimitris Salpingidis (PAOK-GRE), 7- Giorgios Samaras (Celtic-ESC) e 17- Theofanis Gekas (Konyaspor-TUR).

Retrospecto contra rivais do grupo em Copas do Mundo
Colômbia: nunca se enfrentaram
Costa do Marfim: nunca se enfrentaram
Japão: nunca se enfrentaram

Calendário de amistosos durante a preparação

31/maio: Grécia 0x0 Portugal
3/junho: Grécia 0x0 Nigéria
6/junho: Grécia 2x1 Bolívia

Para completar a análise, um podcast com Tauan Ambrosio, repórter do Goal Br, que faz um ótimo trabalho com futebol internacional. Confiram o programa:


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